quarta-feira, 9 de março de 2011

Custa-me sempre um bocadinho ouvir aquelas criaturas que se manifestam contra o Dia da Mulher.
Custa-me mais quando são mulheres que dizem tamanhos disparates.
O Dia da Mulher não existe para exacerbar a diferença. Existe precisamente para recordar essa diferença.

Existe para lembrar que, algures, uma mulher está a levar pancada porque o marido, a sociedade e o mundo que a rodeia acham que ela é propriedade.
Existe para lembrar que, algures, uma mulher está a ser vítima da condição de ser mulher.
Existe para lembrar que, algures, mesmo aqui em Lisboa, uma mulher recebe um salário inferior por um trabalho igual prestado por um homem.
Existe para lembrar que, em quase todas as sociedades, a mulher sempre foi vista como mais fraca, como menor.

Vista como fraca, como menor, quando tantas vezes cria os filhos sozinha, trabalha fora e dentro de casa e consegue, tantas e tantas vezes, ainda mostrar o seu melhor.

Já não sei onde o ouvi, mas mulher que, no mundo em que vivemos, não é feminista, só pode ser masoquista.

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