domingo, 16 de janeiro de 2011

Um livro qualquer, que falava de uma ponte onde passava um comboio.
E as pessoas podiam ir gritar debaixo da ponte quando o comboio passava.
E o grito era abafado pelo barulho do comboio.
E as pessoas podiam mandar aquele grito gigante cá para fora que ninguém sabia.
Ninguém fazia perguntas incómodas (porque gritas? o que tens? não tens nada melhor para fazer? é sempre a mesma lamúria?).
Porque ninguém ouvia.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
É horrível.
Mas, bem lá no fundo, é como se houvesse uma vozinha que diz:
"Não és material para ninguém"
Estive a reler isto. Isto tudo, desde Agosto. Desde que nasceu.

Aos poucos, fui-me depositando aqui. Encontro-me aqui.
Vejo coisas que fiz. Coisas de que me arrependi. Poucas coisas de que me orgulhei.
Disse aqui coisas que já não posso dizer. A certa altura disse que nunca tinha feito cenas de choradeira em público, com saídas teatrais e afectadas. Já não posso dizer isso. Em minha defesa (se é que a há), era a saída teatral ou a choradeira sobre o prato (a última opção parece-me mais patética).

A função de tubo de escape. Acho que serviu para largar tudo aquilo que não queria dizer a ninguém. Para dizer a toda a gente sem ter de o fazer. Pelo menos para o dizer da maneira como soa na minha cabeça, por oposição à maneira como o digo aos outros.
Também sempre achei que ninguém o lesse. Primeiro, porque eu não alardeio. Segundo, porque não conheço muita gente. Terceiro, porque o que escrevo não interessa a ninguém. Só a mim. E para mim.

Vejo lamúrias, desgostos e iras momentâneas. Vejo uns laisvos de dias em que fui feliz a sério. Vejo aquilo que queria e aquilo em que falhei redondamente.
Vejo sonhos que não concretizei e que estão aqui espalhados.

Serve só para não despejar em cima de ninguém. Porque há coisas que ninguém quer ter de ouvir. Porque há coisas que eu não quero ter de dizer.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Sonhei que nos comíamos que nem loucos numa busca por horcruxes.
Descíamos aos Infernos pelo meio de um cenário estapafúrdio e voltávamos.
Misturei-te com o Harry Potter.

A minha mente é a coisa mais engelhada que já se viu.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Já disse que o meu melhor amigo faz anos hoje??!!

xiiuu! não digam nada, que ele não quer que se saiba
...

Da Vida Airada


Hoje: Moinhos da Funcheira, Amadora.

Faltou pouco para andar à porrada por lá, mas a coisa acabou por se resolver em bem.
Testei o melhor das minhas capacidades cartográficas, mas acabei por chegar ao destino.
Talvez fosse da hora, mas aquilo não tem nada. Nada. Tristemente, lembra-me o Catujal (mas as minhas tristezas com o Catujal ocupariam trinta mil posts).

Quem me tira Lisboa, tira-me tudo. E, digam o que disserem , a linha de Sintra não é Lisboa. É outra coisa.

Se Portugal é Lisboa, e o resto é paisagem, a Amadora nem paisagem é. Será outra coisa. A meio caminho do Inferno.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Propostas de Ano Novo

Proponho, desde já, fazer de 2011 o ano da minha consolidação orçamental.
Irei finalmente começar a poupar.
Irei gastar somente o necessário, porque o extraodinário é demais (e quem disser que os acessórios são extraordinários está a mentir com todos os dentes que tem na boca).
Irei arranjar um part-time de fim-de-semana capaz de cobrir os eventuais extraordinários.
Irei fazer a minha conta bancária funcionar como um relógio suíço.
Saírei de 2011 com as contas equilibradas.

Na temática da imigração, e na senda de Sarkozy, propõe-se a expulsão de todo a matéria de chocolate que tem vindo a circular e a fazer habitação permanente nas minhas coxas , com efeitos imediatos.

No que respeita à administração interna, e numa atitude nunca antes vista por estas terras, propõe-se reestruturar todo o habitáculo denominado quarto, com especial incidência na Direcção do Armário-Queda-Eminente.

Quando às relações externas, pretende-se um ano de sabática, num regresso ao lema do "orgulhosamente sós", a fim de poder reorganizar toda a estrutura do ministério, num "reset" institucional tão necessário por estas bandas.

Daqui a um ano far-se-á o ponto de situação, esperando que não sejam necessárias interferências externas.

domingo, 2 de janeiro de 2011

2010 foi um ano de merda. A única coisa de bom que lhe vejo é o facto de ter chegado ao fim.
Gosto de resets. Gosto de sentir que posso começar de novo. E o Ano Novo é sempre o melhor dos pretextos.
Ainda que me sinta infinitamente cansada. Ainda que as lágrimas continuem a tentar vir ao de cima. Apesar de tudo isto, o Ano Novo traz aquela pontinha de esperança de que o próximo será melhor.

É que eu acho que as coisas não têm como piorar muito mais.