domingo, 24 de outubro de 2010

Por falar em Orçamento de Estado

Gostava de deixar a minha colherzinha no meio deste assado:


Corrijam-me se estiver errada, mas nisto só vejo vantagens, que passo a enumerar:

1) Era um bom exemplo que se transmitia, a par do slogan "deixe o carro em casa". Aliás, até podiam acrescentar "faça como eles";
2) Era um incentivo às empresas de transportes de passageiros. Do género, "vamos lá dar o nosso melhor que o Primeiro-Ministro hoje apanha o 28 para S. Bento". Era bonito, tinha outro charme e até era um incentivo ao turismo (a foto no eléctrico com o Sócrates em pano de fundo a ler o Destak);
3) Estar-se-ia a recorrer ao serviço nacional, pois convém dizer que a frota automóvel do Governo mais parece um hino à nobre engenharia alemã (eles não põem o rabinho em meros fiat punto);
4) Poupávamos dinheirinho em gasolina, que está pela hora da morte;
5) Dávamos um brutal corte na função pública, ao livrarmo-nos daqueles motoristas todos - o Sr. da Carris serve perfeitamente;
6) Era uma medida ecológica, muito green, e o Sr. Al Gore podia continuar a dizer coisas bonitas sobre nós;
7) O trânsito na zona de S. Bento ficava muito menos caótico;
8) De certeza que os carteiristas iam diminuir, porque a PSP tende a estar presente onde estão os senhores do Governo (que o diga a malta da Graça, que desde que o Sr. Ministro deixou de o ser nunca mais tivemos direito ao Sr. Agente);
9) Não tinham desculpa para não comparecer às sessões plenárias, a não ser que o Metro parasse por motivos de ordem técnica;
10) Eu sentia-me muito melhor, por sentir solidariedade com a minha falta de veículo próprio.

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