sábado, 4 de dezembro de 2010

Vamos lá esclarecer

Eu não faço trabalho doméstico.
Se fizer, é quando me der na real gana.
E, se fizer, será sempre o mínimo imprescindível.
Não faço. Ponto.

Não percebo porque é que ela não percebe isto. Não deveria ela amar-me incondicionalmente, com defeitos e tudo, e aprender a aceitar-me como eu sou?
Sim, eu sei, eu sou a cabra. Eu sou a mal disposta. A mal encarada. Aquela a quem todos devem e ninguém paga. A soturna. A enjoada. Eu sei isso tudo. Aliás, para além de tudo isso, também sou aquela que não faz nada em casa.
E não faço mesmo. Porque não quero. Porque fazê-lo deve ser uma decisão minha. E porque o resto do mundo espera que eu o faça.
Preciso mesmo da minha casa. Pode ser que a felicidade ande por lá.

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