sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Inferno são os outros

É incrivel como, chegando à idade de 25 anos, a filha da putice me continue a fazer comichão.
Como o Homem é um animal de costumes, seria de esperar que me tivesse habituado, que o organismo tivesse produzido anti-corpos.
Mas não. Continua a fazer-me uma alergia doida.
Ele há gente que só está feliz a fazer-me infeliz. E a coisa é mais gritante quando se torna óbvio - estilo luzinhas de neon a piscar - que o único objectivo é fazer-me infeliz.
Eu vivo preparada para as grandes desgraças e fatalidades. Eu estou preparada para a crise, para a insolvência, para o drama e para a tragédia. Não estou preparada para a fatalidade de nem conseguir realizar o básico, o simples, aquilo que todo o bicho humano é capaz de fazer. 
E isso faz ainda mais comichão quando são os outros que estão a atravancar o caminho, versão elefante a passar pelo buraco da fechadura (indeed). Uma pessoa buzina que nem uma doida mas os animais continuam no caminho, a impedir a malta de prosseguir com a existência para a frente.
Ainda mais comichoso é saber que a minha felicidade se mede em coisas tão pequenas, coisas que seriam tão simples de fazer. E só não são porque há quem se dedique a orquestrar o meu Inferno pessoal.

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