Em 2014 escrevi aqui 6 vezes. É ridículo.
Mas a verdade é que 2014 foi merdoso. Aliás, quando 2014 começou eu já sabia que tinha de me preparar para coisas vis. E 2014 não se fez de rogado.
2014 teve três coisas boas, que ainda agora me aquecem o coração: o casamento do meu melhor amigo, o meu sobrinho postiço e a minha sobrinha postiça (curiosamente, exactamente por esta ordem). Mas isso é ter coisas boas por proxy. Não são as minhas coisas boas, são as coisas boas deles. Mas que me parecem tão minhas, porque eles são tão meus - enfim, coisa mais maricas, devo estar assim porque, para mim, o ano foi mesmo manhoso.
Estranhamente, entrei em 2015 com a expectativa de que este até pode correr bem.
Não alimento qualquer esperança de que seja este o ano em que acabo com as dívidas, em que tenho um cão ou em que compro um carro. Mas acho que este ano a vida não me vai passar por cima como um tractor.
Se calhar é porque me parece que o pior que podia acontecer já aconteceu (a não ser que o Anexo esteja a pensar agarrar na PS 3 e sair de casa, deixando-me ao abandono). Não acredito que 2015 consiga bater os records de 2014.
Naturalmente, fiz uma lista de resoluções, de expectativas. Claro que o Tomé Cão consta da lista, apesar de eu saber que é um long shot. Mas é para isso que os Anos Novos servem.