quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ponto de Situação

Em 2014 escrevi aqui 6 vezes. É ridículo.

Mas a verdade é que 2014 foi merdoso. Aliás, quando 2014 começou eu já sabia que tinha de me preparar para coisas vis. E 2014 não se fez de rogado.

2014 teve três coisas boas, que ainda agora me aquecem o coração: o casamento do meu melhor amigo, o meu sobrinho postiço e a minha sobrinha postiça (curiosamente, exactamente por esta ordem). Mas isso é ter coisas boas por proxy. Não são as minhas coisas boas, são as coisas boas deles. Mas que me parecem tão minhas, porque eles são tão meus - enfim, coisa mais maricas, devo estar assim porque, para mim, o ano foi mesmo manhoso.

Estranhamente, entrei em 2015 com a expectativa de que este até pode correr bem.

Não alimento qualquer esperança de que seja este o ano em que acabo com as dívidas, em que tenho um cão ou em que compro um carro. Mas acho que este ano a vida não me vai passar por cima como um tractor.

Se calhar é porque me parece que o pior que podia acontecer já aconteceu (a não ser que o Anexo esteja a pensar agarrar na PS 3 e sair de casa, deixando-me ao abandono). Não acredito que 2015 consiga bater os records de 2014.

Naturalmente, fiz uma lista de resoluções, de expectativas. Claro que o Tomé Cão consta da lista, apesar de eu saber que é um long shot. Mas é para isso que os Anos Novos servem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014



Obrigarem-me a estar aqui, plantada, quando eu já fiz tudo aquilo que tinha para fazer é simplesmente vil.
Estou aqui sentada, a ver todas as colecções de inverno de todas as marcas que possam ter loja online, a pensar em todas as porcarias que podia estar a fazer em casa e não faço.
Porque estou aqui, a cegar contra o monitor.
Numa terra civilizada, as pessoas seriam premiadas e louvadas por terminarem o seu trabalho depressa e bem. Tau, tá feito. Pronto, vai lá à tua vida. Mas não, aqui somos obrigados a estar em exposição, através da bendita da secretária, enquanto fingimos fazer qualquer coisa.
"Mas, Info-Excluída, porque não informas o teu superior hierárquico de que o trabalho findou para que te possam distribuir mais coisinhas?". Porque já fiz isso e o resultado nunca é muito bonito. Em primeiro lugar, o resto da malta fica a odiar-me como se não houvesse amanhã. Em segundo lugar, a senhora que manda em mim acaba por ir aos montes de coisas para fazer que os outros têm e eu acabo com o refugo que ninguém quis fazer. Aquelas coisas merdosas que as pessoas levam o tempo a encostar com a barriga e ficam 3 meses a pairar na secretária. Isso já eu aprendi.
Por isso estou para aqui, a conhecer a colecção da Lanidor e da H&M por dentro e por fora enquanto jogo 2048 - dito assim pode não parecer, mas às 10h30 parece-me um desperdício de tempo.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O casamento do meu melhor amigo




Ele levou quase o mês todo a dizer que ia chover.
E choveu.
Mas choveu no momento certo e foi tudo tão cutchi-cutchi.
A noiva estava linda que só ela e o noivo continua com o mesmo sorriso pateta quando a vê (o mesmo que tinha há sete anos atrás, numa festa da cerveja, algures na FDL).

O meu melhor amigo casou-se. Conheci-o faz agora dez anos. Lá andava eu, sozinha e abandonada pelos corredores de uma faculdade que fazia medo e ele não se importou nada em ser meu amigo. Para além da definição legal de "coisa" (que dá sempre muita pinta recitar em festas), os meus amigos foram o melhor que trouxe da FDL (na prática, 5 anos de direito não contam para muito - quanto muito, 5 a 10 artigos maricas no fim das peças processuais).

O meu melhor amigo passava o tempo todo entre a torrada e o bitoque a dizer que ia morrer sozinho, que ninguém lhe pegava e que metia nojo (tudo parvoeiras, que ele até é bem apessoado). E agora casou-se.

E faz com que cada fibra do meu corpo se sinta velhinha, velhinha.

Estou tão feliz por aqueles dois.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

William Wallace está a dar voltas na cova*

*o que até me parece difícil, porque foi cortado aos bocadinhos e espalhado por aí.



Tenho a sensação de que isto está custar-me mais do que aos Escoceses (escoceses a sério, com "E" maiúsculo, e não estes meninos que se deixaram levar).
Se calhar é porque eu cresci numa casa onde o hino nacional era uma coisa levada muito a sério, que se cantava no carro todos os dias até eu o saber de cor. Se calhar é porque, na minha casa, sempre odiámos os espanhóis por terem tido a ousadia de vir cá meter a colher.
Eu sempre defendi com unhas e dentes a Escócia, a Irlanda, o País Basco e todos os Galegos ou Catalães que não curtem o rei.
Sempre fui criada com a ideia de que é melhor morrer de pé do que viver de joelhos.
E isto está a custar-me horrores.
Como é que aquela gente se deixou vender? Como?! Ai que temos medo do colapso económico, ai que não sabemos como é que vai ser, ai que já não temos libra, ai como nos vamos governar sozinhos?!
Meninos! São todos uns meninos!
O Imperialismo Britânico sempre foi o que foi. Prometeram-lhes umas treta e eles foram na conversa (Manhattan também se vendeu por uma mão cheia de pérolas). A Irlanda passou fome mas não se deixou levar.
Isto está a custar-me muito. Nota-se, não?

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Xiiiuu...

Vou dizer isto baixinho, porque tenho medo de agoirar...

Mas, aqui entre nós, parece que a Nossa Senhora de Fátima voltou à terra, mas desta vez, invés da Cova da Iria, escolheu Moscavide: já há dois dias que me levanto às 7h da matina para ir correr.
Vá, dizer "correr" até parece mal. Eu vou a andar por aí, a passo acelerado, e, quando cruzo aquele candeeiro que faz vezes de sinal de partida, começo a correr até os pulmões darem de si (o que acontece muito depressa).
Por ora, o objectivo é todos os dias correr um bocadinho mais (hoje acho que foram mais 10 metros do que ontem).
Pode ser que daqui a uns tempos eu seja uma daquelas maricas que possuem todo um guarda-roupa de corrida e ande por aí a preceito a correr mini-maratonas.

Cheira-me que isto não passa de sexta-feira...

terça-feira, 5 de agosto de 2014

E prontos.

Quem não tem nada de bom para dizer, está calado.
Seguindo a premissa à risca, nada digo há mais de seis meses.
O último post, de cariz premonitório, não falhou: 2014 é o cócó em cima do cócó. Eu bem que procuro mas não lhe encontro nada que se lhe aproveite (tomara a mim também ter premonições quanto aos números do euromilhões e parte do cócó era limpo versão cillit bang).
Enfim, cá andamos e tal. Mais gordas graças ao milka com que auto me medico (seria simpático se os médicos de clínica geral começassem a prescrever milka para a depressão - sempre podia descontar no irs (ai, o irs)).
E prontos, é isto.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Que Sera Sera


2013 foi o ano mais horrível da minha vida. Tenho sérias dúvidas de que 2014 venha a ser muito melhor.
Sinto sempre que estou a ser atacada por um dementor que me suga a vida do corpo. Eu, pequena Harryeta Potter. Estranhamente, a tipa tinha razão: chocolate funciona. Tenho subsistido à base de milka e kinder. Cereja no topo do bolo: a celulite que vou herdar por alturas do Verão. Conclusão: sempre a piorar.


(é por isto que nunca mais escrevi nada aqui. porque sou um centro gravitacional de pessimismo)