domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sábado à noite

Pipocas, filme e termoventilador. Num mix.

Deve haver maneira de fazer um upgrade existencial, mas isto agora são só cacos e não há supercola3 que resista à minha incrível falta de vontade.

Uma pessoa normal aguarda freneticamente pelo fim de semana. Eu aguardo freneticamente por segunda feira.

Vou mas é pôr a cópia ranhosa do "Wolfman" que me arranjaram, dizer mal da pirataria que me emprestam, chamar nomes ao brasileiro que legendou e enfardar as minhas pipocas.

Ah pois é, bebé (a minha nova frase preferida).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sou só eu que estou incrivelmente orgulhosa?

É assim que se faz um golpe de estado.
Golpe de estado, a sério, é feito pelo povo. Pelo povo que se cansa, que se farta, que diz que basta.
Golpe de estado, a sério, não se faz com interferências externas que venham sobrepor a sua vontade à daquele que é soberano por direito. Porque o povo é o soberano.
Muita coisa se grita, muito medo corre por aí, com receio do que possa seguir-se.
Não percebo porquê.
A decisão é agora só deles. O novo início é agora só deles. É uma oportunidade para recomeçarem do zero. Façam o que fizerem, a eles o devem
Espero que tenham o bom senso e a capacidade de não abrirem a porta para outro ditador, para outra opressão. Mas, se o fizerem, a escolha terá sido deles.
Estou assaz contente por eles.
Mais do que isso, estou orgulhosa.
Eu identifico o problema e sei exactamente qual a solução.
A solução era esta:





Na companhia de um caramelo que me fizesse a cabeça bater na cabeceira da cama.

(não necessariamente por esta ordem)
Será que mais ninguém, além de mim, reparou como este fim de semana é particularmente nojento?

Acho que criei uma alergia ao dia dos namorados.

Nojo

(em cor-de-rosa)

A melhor gargalhada dos últimos tempos

Disse-lhe que tinha acabado de ler "Emigrantes", do Ferreira de Castro.

Foi como se o Erasmo Carlos tivesse entrado.

Como se tivessemos faltado às aulas para jogar à sueca.

Porra, tenho saudades disso.
É como se a vontade tivesse sido cirurgicamente removida do meu corpo.
Não a encontro mais em mim.
Acordo. Levanto-me. Trabalho. Dou dois dedos de conversa. Trabalho. Janto. Durmo.
Em modo de piloto automático.
Acho que costumava ser mais do que isto.
Acho que conseguia fazer melhor.
Mas é como se o combustível tivesse acabado. O motor morrido. A ausência de força que impele.
Não a encontro em lado nenhum.

Um cansaço enorme.
Como se por dar um passo em frente, a vida arranjasse maneira de me fazer recuar dois.
E isso mói.
Exaure.
Cansa.
Parte.

Partida.
O melhor adjectivo até agora.

Fui ver

Gostei, mas o Dirty Harry já fez melhor.